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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Os filmes lançados no circuito comercial de SP na semana iniciada em 05 01 2017 (II)



"Eu, Daniel Blake", filme de forte cunho progressista, é a melhor estreia da semana

Atualmente o cinema tem se mostrado bem diferente do que era em meados do século passado. Naquela época a pessoa levava mais tempo se preparando intelectual e psicologicamente para dirigir um filme. Por outro lado, se aposentava mais cedo, ou em alguns casos migrava-se para a produção. Hoje é comum observar um veterano de 80 anos, como é o caso do inglês Ken Loach, no Festival de Cannes batalhando para tomar a Palma de Ouro, disputada também por gente bem mais moça. Como, por exemplo, o canadense Xavier Dolan, de 27 anos, cujo filme “É apenas o Fim do Mundo” ganhou o prêmio Especial do Júri.
O filme de Ken Loach é “Eu, Daniel Blake” – com certeza o melhor desta semana, talvez da temporada. Ganhou a Palma de Ouro em Cannes, sem astros e nem estrelas, apenas com o “stand up comic” Dave Johns, num papel sério. Assim se confirma a crença de que grandes papéis por vezes são defendidos por comediantes – como vimos Jerry Lewis em “O Rei da Comédia”, sob a direção de Martin Scorcese. Johns faz o papel de um carpinteiro veterano que sofre um ataque cardíaco e é proibido de continuar trabalhando.

Seu único caminho é se inscrever no programa britânico de seguridade social que, segundo alguns, é um dos mais avançados do mundo. O filme, porém, nos revela que as coisas não são bem assim.
Agora com somente 42 anos, o espanhol Juan Bayonateve teve um excelente início de carreira em 2007 com “O Orfanato” - um filme de horror autoral produzido por Guillermo del Toro. Depois, em 2012, ele fez o complicadíssimo “Impossível”, em que Naomi Watts enfrentava nada menos que um tsunami. E agora ele traz “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” sobre o relacionamento entre um garoto, que esconde uma incômoda verdade de seu passado. E também uma árvore monstro.

Como coadjuvantes ele tem Felicity Jones, no papel da mãe, e a experiente Sigourney Weaver, fazendo a avó, como megera explícita. Bastante elogiado, o filme segue uma linha do horror clássico que os produtores ingleses vêm aprimorando desde os anos de 1960.
Com produção da Disney teremos a animação “Moana - Um Mar de Aventuras”, sobre a filha do chefe de uma tribo na Oceania. Vinda de uma longa linhagem de navegadores, ela parte em busca de seus ancestrais, acompanhada por um lendário semideus. Parece movimentado e bem divertido.
Provavelmente bem mais do que “Dominação”: um filme de horror com Aaron Eckhart, no papel de um exorcista capaz de invadir o subconsciente de uma mente possuída. Ou seja, o personagem de Eckhart pratica o exorcismo, digamos...de dentro para fora. Será que dá certo? Quanto ao filme, não há dúvida de que ele se mostra convencional como os demais da mesma linha...

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