Encontre o que precisa buscando por aqui. Por exemplo: digite o título do filme que quer pesquisar

sábado, 10 de setembro de 2016

Retrospectiva dos filmes mais recentes de Woody Allen: Magia ao Luar


Emma Stone e Colin Firth protagonizam esse filme de época

Prosseguimos comentando a retrospectiva exibida nesta semana dos sucessos mais recentes de Woody Allen. Um desses é o que está na moda se chamar de seu penúltimo “trabalho autoral”, ou seja, um filme em que ele escreve e dirige, mas não participa como ator. "Magia ao Luar", é uma deliciosa farsa de amor abertamente inspirada em uma canção de Cole Porter...
"You Do Something to Me" foi composta em 1928, justamente no ano em que se passa a historia do filme. E em sua letra alguém confessa se sentir como que enfeitiçado pela pessoa amada. O protagonista da música imagina ter sido vítima de uma forma benéfica de vodu, hipnotismo ou mistificação.

Tudo se passa naquele mundo idílico e fantasioso que era a Europa, no período entre a 1ª e a 2ª Guerras. O protagonista é o britânico Colin Firth, que ganhou um Oscar em 2010, fazendo o monarca da Inglaterra em "O Discurso do Rei". Aqui, em "Magia ao Luar" ele interpreta um famoso mágico de palco que conhece todos os truques dessa profissão que, aliás, o Orson Welles considerava bastante próxima à de cineasta.

Woody Allen ao meio de seus protagonistas durante as filmagens

Ele recebe a incumbência de desmascarar uma jovem vidente americana interpretada por Emma Thompson. A moça também possui mediunidade e impressiona muito a alta sociedade. A ponto de conquistar o coração de um jovem herdeiro que mora no sul da França, onde se passa a trama. Woody Allen aproveita o ambiente para se divertir, elaborando diálogos dos mais vivazes, estimulado por todos aqueles elegantes cenários servindo aí de pano de fundo. O sarcástico e espirituoso temperamento do personagem de Colin Firth, a propósito, parece diretamente inspirado em Groucho Marx, inclusive na voz daquele cômico americano tão admirado na década de 1930.

O filme vale também pelo requinte da produção e pelo texto. É que junto com a sua natural elegância e agilidade, o diretor nos oferece uma experiência equivalente à do personagem da canção de Cole Porter. Porque o engenhoso roteiro de "Magia ao Luar" engana, isto é, hipnotiza o espectador de forma especialmente agradável.

Nenhum comentário: