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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

49º FESTIVAL DE BRASÍLIA | "Cinema Novo" é um filme "arqueólogo" iniciado há 9 anos



Nesta edição do festival de Brasília do Cinema Brasileiro de número 49 causou impacto o documentário “Cinema Novo”, que é um filme-ensaio assinado pelo filho de Glauber Rocha (Erik Rocha) e que foi coproduzido pelas famílias de Gustavo Dahl e Joaquim Pedro de Andrade, com o apoio dos herdeiros de outros líderes do movimento, como Paulo Cesar Saraceni e Leon Hirzman. Isso além de receber a ajuda de integrantes ainda vivos, como Arnaldo Jabor, Nelson Pereira dos Santos e Luiz Carlos Barreto. O filme levou 9 anos para ser concluído está marcado para chegar aos cinemas no começo de novembro. Mas já deu o que falar em Cannes e, até a estreia, deverá circular em outros eventos, cineclubes e faculdades.

O documentarista Eryk Rocha, diretor de "Cinema Novo"

O diretor, aliás, considera que este é um “filme de arqueólogo”. O espetáculo é inteiramente construído a partir de arquivos sobre os títulos daquele período. Trata-se na verdade do filme mais rico em imagens desse tipo e baseado em mais de 130 fontes, obtidas em arquivos particulares das famílias mencionadas. Isso além de material obtido nas cinematecas da Europa e de cenas garimpadas em televisões, como a TV Cultura. Por exemplo, poderemos ver passagens da cineasta Suzana Amaral (de A Hora da Estrela) ainda trabalhando como repórter, e o programa Luzes Câmara, em que Silvia Bahiense entrevistava Joaquim Pedro de Andrade nos anos de 1970. Alia ele declarava que a crítica carioca de então se achava esclerosada. 
As primeiras imagens consistem numa coleção de diversos personagens, correndo numa longa carreira iniciada por Manuel e Rosa, os protagonistas de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", tomados na última cena do filme. O diretor reconhece que não teria condições de desenvolver o que ele chama de “uma história geral do cinema novo” e então optou por montar blocos temáticos de significados amplos, que mostrassem as diversas faces das dezenas de obras que formaram o movimento. Como nenhum desses filmes é designado por letreiros, o espectador precisa puxar pela memoria para identificar cada um deles.

As passagens mais interessantes, porém, são aquelas em que os diretores se manifestam, seja em entrevistas ou em conversas gravadas em reuniões das mais variadas. Aí fica clara a heterogeneidade de temas e estilos que caracteriza o Cinema Novo.

O 49º festival de Brasília do Cinema Brasileiro continua na semana que vem e o PCF vai continuar enviando as notícias do evento até lá

Cena de "Cinema Novo", filme de abertura do Festival de Brasília 2016

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