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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

"Rio Cigano" surpreende pela filmagem de grandes grupos de figurantes em movimento

Decididamente este é um ano em que se destaca a qualidade do cinema brasileiro. Não somente em produções de grande e médio porte, como “Que horas ela Volta”, mas também em projetos de baixo orçamento, como “Entrando numa Roubada” e este surpreendente “Rio Cigano”.

Este é o longa de estreia da jovem Julia Zakia, há pouco tempo formada pela USP, mas já conhecida em vários festivais, por força de seus curta-metragens. O roteiro se inspira na tradição dos ciganos e realiza uma curiosa transposição da história da Condessa Bathory, da Hungria do século XVI, para o interior do Brasil. Para isso ela contou com o apoio de dois veteranos, verdadeiros mestres da arte cinematográfica: a montadora Idê Lacreta, de “A Hora da Estrela” e o fotógrafo Adrien Cooper, do clássico “Chapeleiros”, esse um profissional que agora completa 70 anos.

Julia Zakia é também uma das atrizes principais de Rio Cigano e surpreende também pela habilidade em filmar grandes grupos de figurantes em movimento, como sabiam fazer os craques de antigamente, como Lima Barreto de “O Cangaceiro”. Reunindo alguns grupos de ciganos, ela recriou toda uma tribo em deslocamento pelo sertão do Brasil, numa época e num lugar indefinidos.



Ao atravessar uma fazenda, eles deparam com uma misteriosa condessa que vive reclusa num casarão, onde pratica rituais demoníacos envolvendo o sangue de jovens mulheres. A personagem de Julia é uma menina cigana raptada pelos capangas da Condessa, mas que é poupada para servir como criada. O filme já foi aplaudido em Festivais como Viña del Mar, Rio de Janeiro e Tiradentes. Competência ele já mostrou. Agora vai precisar de sorte, porque, com um mínimo de recursos para a sua divulgação, “Rio Cigano” chega a São Paulo, que é o maior circuito de cinema do país.


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