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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais duas ou três coisas a serem ditas acerca de "É proibido Fumar"

Ainda sobre "É Proibido Fumar": no papel de uma professora de violão apaixonada por um vizinho, temos Glória Pires − a atriz que mais se fez presente no cinema brasileiro em 2009. Em “Se eu Fosse Você 2”, ela interpretava uma esposa que trocava de corpo com o marido e também esse marido, quando ocupava o corpo dela. Aqui ela também se transforma e vira bicho quando, por amor, resolve largar o cigarro. Até fura a parede do apartamento pra espionar o namorado (referência a "Durval Discos"?) Em “Lula Filho do Brasil”, que ainda não chegou na praça, ela faz a santificada Dona Lindu. Mas no filme da Anna Muylaert, encarnando uma simples mortal, ela está bem melhor do que nos outros dois. Eu diria fascinante, pela capacidade de inspirar ternura, estimular compaixão e provocar o riso, com aquele bordão do sofá que era da tia e que ficou com a irmã. A comicidade é reforçada por vinhetas funcionais e inteligentes, como a da protagonista presa no trânsito e mostrada por uma câmara também praticamente parada. Ou como as seqüências de que participam as sempre imóveis câmaras de vigilância do prédio onde ela mora. Prédio em cujo elevador, um dia, ela disputa o espaço quase totalmente tomado por três membros da família Abujamra. Aliás, trilha é assinada pelo André, que inventou uma paisagem musical quase palpável, na qual diferentes estilos de MPB se acotovelam, disputando a primazia.

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