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terça-feira, 8 de setembro de 2009

O enigmático peruano "A Teta Assustada", leão de ouro no Festival de Veneza 2009

Prossegue em cartaz, o filme peruano "A Teta Assustada", vencedor do último Festival de Berlin, onde ganhou também o prêmio de melhor direção, ou seja, para Claudia Llosa, sobrinha do escritor Mario Vargas Llosa. O título se refere a uma suposta crença popular recente, segundo a qual as mulheres violentadas durante o que os peruanos chamam de período do terrorismo nos anos 80 passam para as filhas. As moças mostram um temperamento catatônico e um medo de tudo e de todos que as paralisa. A personagem central do filme vai além e introduz uma batata em seu sexo, na tentativa de evitar um possível estupro. O filme é todo muito estranho, chegando a evocar um parentesco com o datado realismo mágico do colombiano Gabriel Garcia Marques. O que aqui, aliás, não significa elogio.
Um piano que cai sozinho de uma janela, a tal batata que começa a brotar ali tão separada da luz do sol, e os costumes dos habitantes da periferia de Lima, mais coloridos e fellinianos do que seria plausível. Isso além de longos planos exageradamente abertos e imagens visualmente sugestivas fazem do filme, um espetáculo sem dúvida surpreendente. Há um fiapo de drama, em que protagonista e antagonista são mulheres: de um lado a moça da batata e de outro a sua patroa, uma pianista que rouba uma canção que ela tinha composto. Talvez isso explique a vitória de "A Teta Assustada" em Berlim, por meio de um júri comandado pela atriz Tilda Swinton.

A Teta Assustada
La Teta Assustada
Peru - 2009
gênero drama
estreia nos cinemas 04/09/2009
distribuição Paris Filmes
direção Claudia Llosa
com Com Magaly Solier, Susi Sánchez,
Efraín Solis, Marino Ballón

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